................................................................................................................................... É um objecto só, só na sua estrada própria, independente no caminho que circula. Sinto o espaço e o tempo a passar por entre objectos deitados (…) Prepara os objectos (…). Eles fazem parte da Comunidade inanimada; sopro as figuras na cera que as molda no ar; e obtenho a noite que há-de vir, numa operação rápida de sentimentos. (…) ciência de inumar os objectos e de solicitar para eles, durante longo tempo, o banho lustral da água, e a sujidade protectora da lama. Paradoxalmente, os objectos são conservados entre a linha da linguagem e, mais longe, a praia calma da destruição. (…) É um objecto que, posto numa sala, a esvazia completamente. Mas não é luz. Nem quadro, ou moldura, suspenso no silêncio. É talvez o fragmento de um livro numa primeira matéria dura e imóvel. A casa tem um lugar, que é quarto da avó, e quarto de pensamento (…) Entre nós, os objectos agitam-se, cobertos de recordações de sangue, e de amores e sensualidades frustrantes e frustradas; o objecto da fidelidade arrasta o seu percurso pelo corredor, e o ponto final que nos envolve transforma-se num brilho fulgurante, numa aliança inquebrável entre quem lê, e quem ensina a ler. (…) sou um objecto repousado no espaço transparente do licor, pensando que o objecto está primeiro do que eu, e os pés no fim, (…). (…) já não se lembra ---, pois a memória, ao nível dos sonhos, é o mais inimigo dos vasos. Era aquela a sala do nosso trabalho mútuo, de falar e de olhar; (…) E dou-lhe finalmente, por presente, os meus modos de pensar: (…) fiquei preso a essa perda durante dias, enquanto o objecto inquieto da lembrança não se desvaneceu; (…) Outros objectos presentes à existência da beleza poderão ainda deixar-me no seu lugar vazio, e partir. Um momento de revolta e nostalgia é o espelho do sentimento que deixam; mas hoje houve ainda outra perda: a perda de um encontro que traímos, ficando o espaço ao fim da tarde suspenso. (…) tem um canto de narrativa que é uma acumulação de pequenas histórias e todas elas correm umas sobre as outras, a rir e a voar; hoje, amanhece num quarto para criadores e crianças, e esses somos nós, envelhecidamente marcados pelo ar de tristeza real que também corre. (…) um isolado sofrimento «só e maravilha» subtil, principiou a desenrolar-se como paisagem, no lugar da paisagem. Era um local aberto ao mar da língua, que é um mar, e impregnado por ele, para onde os objectos que me rodeavam principiavam a dirigir-se em passos ínfimos, em instantes de distância, eu olhava (…) Mas era como o objecto da ausência que eu devia tornar-me presente à Quimera, no instante em que eu a olhasse como simples quimera humana; trouxera comigo o quarto da luz com uma janela contornando uma árvore exposta na parede. Nessa fotografia ideal, os objectos eram a luz dividida e talhada adquirindo relevo, (…) (…) e que com um dedo me indicasse o livro onde minha avó Azul guardava a sua árvore do Tudo e do Nada. «O seu não-dito», clarifiquei. In um beijo dado mais tarde de Maria Gabriela Llansol ...................................................................................................................................

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