antimonumentos

15 de Setembro > 20 de Outubro

Imagens de Isabel ribeiro

Programa:

Teatro Viriato às 18h, no Teatro (Largo Mouzinho de Albuquerque, Viseu) Galeria às 22:30, na galeria, Rua Cândido dos Reis, 7, Viseu (DJ CLAXON) Porta 1-A às 22:30 (Rua Cândido dos Reis, 1 – porta A, Viseu) DJ SET: DJ CLAXON às 22:30 na galeria - Mário Roque às 02:00 horas no NB Club (Rua Conselheiro Afonso de Melo, atrás da Câmara Municipal de Viseu)

www.ah-arte.com

37 artistas contemporâneos expõem em Viseu,

numa iniciativa da Galeria António Henriques

em colaboração com o Teatro Viriato.

A exposição, comissariada por Miguel von Hafe Pérez, reúne um segmento significativo de artistas plásticos portugueses que vai reflectir sobre o conceito de antimonumento.

A exposição estará patente na Galeria António Henriques, num espaço adjacente à Galeria especificamente aberto para a exposição e ainda no Teatro Viriato, podendo ser visitada, entre 15 de Setembro e 20 de Outubro, Terça a Sábado, das 15:00 às 19:30.

PAULO RIBEIRO NO TEATRO VIRIATO. No dia 14 e 15, terá lugar, no Teatro Viriato, a estreia (nacional) da coreografia de Paulo Ribeiro "Masculine" (21h30).

Artistas participantes: ALICE GEIRINHAS ANDRÉ CEPEDA ÂNGELO FERREIRA DE SOUSA ANTÓNIO OLAIO ARLINDO SILVA AVELINO SÁ BALTAZAR TORRES CARLA CRUZ CARLA FILIPE CARLOS CORREIA CARLOS LOBO CARLOS ROQUE CRISTINA MATEUS EDUARDO MATOS FERNANDO JOSÉ PEREIRA FRANCISCO QUEIRÓS HUGO CANOILAS ISABEL CARVALHO ISABEL RIBEIRO JOÃO FONTE SANTA JOÃO MARÇAL JOÃO SERRA JOÃO TABARRA JOSÉ MAÇÃS DE CARVALHO LUÍS PALMA MANUEL SANTOS MAIA MIGUEL LEAL MIGUEL PALMA NUNO CERA PAULO CATRICA PAULO MENDES PEDRO BARATEIRO PEDRO CABRAL SANTO PEDRO DINIZ REIS PEDRO POUSADA PEDRO TUDELA VERA MOTA

Apresentação do projecto

non – sem força para fixar o olhar

Momento I – metropolização

Momento II – Megalopole

Momento III – Arquipélago Megalopolitano

1999 – 2007

Dimensões variáveis

Instalação (desenhos, colagens e escultura)

http://manuelsantosmaia-non.blogspot.com/

monumento, s.m. construção ou obra de escultura destinada a perpetuar a memória de um facto ou de alguma personagem notável; edifício majestoso; obra digna de passar à posteridade; mausoléu; memória; recordação; pl. Documentos literários, científicos, legislativos ou artísticos; restos ou fragmentos materiais pelos quais podemos conhecer a história dos tempos passados. (Do lat. Monumentu-, «id.»).

monumentalizar, v. tr. dar carácter ou aspecto de monumental. (De mnumental+-izar).

anti-, . elemento de formação de palavras, de origem grega, que exprime a ideia de hostilidade, protecção, oposição;aglutina-se com o elemento seguinte, excepto quando este tem vida própria e começa por h, i, r ou s, separando-se, neste caso, por hífen. (Do gr. Anti-, «contra»).

Segundo o comissário:

“Antimonumentos, porquê?

Porque a reflexão sobre o passado ou sobre o presente nem sempre se produz nas grandes narrativas, nem nos objectos simbolicamente saturados.

Porque à inquietação sobre o real os artistas respondem melhor com dúvidas do que com certezas.

Porque os olhares desviantes nos centram nas franjas do previsível.

Porque em oposição a uma estratégia curatorial rígida e assertiva se privilegiou a incerteza de respostas inéditas.

Porque a energia que um evento desta natureza – um híbrido paradoxal, já que promovido por uma galeria comercial, mas que ultrapassou qualquer quesito economicista -, pode constituir-se como discurso complementar à estratificação dicotómica da arte actual, empurrada para extremos ditos alternativos ou demasiado institucionais.

Porque a decisão sobre o que é ou não arte, sobre o que deve ou não ser exposto e sobre o que vincula uma obra ao seu contexto é, em primeira instância, uma decisão individual dos artistas; assim, numa exposição que dá liberdade criativa aos seus protagonistas, esta questão poderá ganhar uma relevância suplementar.

Porque a arte tem uma tendência para se levar demasiado a sério, e é nos momentos de dúvida, experimentação e derisão que frequentemente melhor se expressa.

Porque a cumplicidade é aqui assumida, reiterada e exposta. E, finalmente, porque tal como alguém que teimosamente se dedica à divulgação da arte contemporânea numa cidade do interior deste país, é na persistência de pequenos gestos que se consegue tornar a realidade mais habitável, na construção de comunidades que consigam olhar criticamente o que produzem e, quando possível, alargando o seu espectro de acção para comunidades que lhe serão, à partida, alheias.”