antimonumentos
15 de Setembro > 20 de Outubro
Programa:
Teatro Viriato às 18h, no Teatro (Largo Mouzinho de Albuquerque, Viseu)
Galeria às 22:30, na galeria, Rua Cândido dos Reis, 7, Viseu (DJ CLAXON)
Porta 1-A às 22:30 (Rua Cândido dos Reis, 1 – porta A, Viseu)
DJ SET: DJ CLAXON às 22:30 na galeria
- Mário Roque às 02:00 horas no NB Club (Rua Conselheiro Afonso de Melo, atrás da Câmara Municipal de Viseu)
37 artistas contemporâneos expõem em Viseu,
numa iniciativa da Galeria António Henriques
em colaboração com o Teatro Viriato.
A exposição, comissariada por Miguel von Hafe Pérez, reúne um segmento significativo de artistas plásticos portugueses que vai reflectir sobre o conceito de antimonumento.
A exposição estará patente na Galeria António Henriques, num espaço adjacente à Galeria especificamente aberto para a exposição e ainda no Teatro Viriato, podendo ser visitada, entre 15 de Setembro e 20 de Outubro, Terça a Sábado, das 15:00 às 19:30.
PAULO RIBEIRO NO TEATRO VIRIATO. No dia 14 e 15, terá lugar, no Teatro Viriato, a estreia (nacional) da coreografia de Paulo Ribeiro "Masculine" (21h30).
Apresentação do projecto
non – sem força para fixar o olhar
Momento I – metropolização
Momento II – Megalopole
Momento III – Arquipélago Megalopolitano
1999 – 2007
Dimensões variáveis
Instalação (desenhos, colagens e escultura)
http://manuelsantosmaia-non.blogspot.com/
monumento, s.m. construção ou obra de escultura destinada a perpetuar a memória de um facto ou de alguma personagem notável; edifício majestoso; obra digna de passar à posteridade; mausoléu; memória; recordação; pl. Documentos literários, científicos, legislativos ou artísticos; restos ou fragmentos materiais pelos quais podemos conhecer a história dos tempos passados. (Do lat. Monumentu-, «id.»).
monumentalizar, v. tr. dar carácter ou aspecto de monumental. (De mnumental+-izar).
anti-, . elemento de formação de palavras, de origem grega, que exprime a ideia de hostilidade, protecção, oposição;aglutina-se com o elemento seguinte, excepto quando este tem vida própria e começa por h, i, r ou s, separando-se, neste caso, por hífen. (Do gr. Anti-, «contra»).
Segundo o comissário:
“Antimonumentos, porquê?
Porque a reflexão sobre o passado ou sobre o presente nem sempre se produz nas grandes narrativas, nem nos objectos simbolicamente saturados.
Porque à inquietação sobre o real os artistas respondem melhor com dúvidas do que com certezas.
Porque os olhares desviantes nos centram nas franjas do previsível.
Porque em oposição a uma estratégia curatorial rígida e assertiva se privilegiou a incerteza de respostas inéditas.
Porque a energia que um evento desta natureza – um híbrido paradoxal, já que promovido por uma galeria comercial, mas que ultrapassou qualquer quesito economicista -, pode constituir-se como discurso complementar à estratificação dicotómica da arte actual, empurrada para extremos ditos alternativos ou demasiado institucionais.
Porque a decisão sobre o que é ou não arte, sobre o que deve ou não ser exposto e sobre o que vincula uma obra ao seu contexto é, em primeira instância, uma decisão individual dos artistas; assim, numa exposição que dá liberdade criativa aos seus protagonistas, esta questão poderá ganhar uma relevância suplementar.
Porque a arte tem uma tendência para se levar demasiado a sério, e é nos momentos de dúvida, experimentação e derisão que frequentemente melhor se expressa.
Porque a cumplicidade é aqui assumida, reiterada e exposta. E, finalmente, porque tal como alguém que teimosamente se dedica à divulgação da arte contemporânea numa cidade do interior deste país, é na persistência de pequenos gestos que se consegue tornar a realidade mais habitável, na construção de comunidades que consigam olhar criticamente o que produzem e, quando possível, alargando o seu espectro de acção para comunidades que lhe serão, à partida, alheias.”