RESIDÊNCIAS

A 5, 6 E 7 DE MARÇO_ SEXTA, SÁBADO E DOMINGO

Sexta: Abertura de Portas das 22hh às 00h; Festa de Inauguração das 22h às 02h

Sábado e Domingo: Abertura de Portas das 14h00 às 20h

Na ZDB, Manuel Santos Maia apresenta uma nova fase do seu projecto non.

non surge no seguimento do projecto Alheava (1999), e articula diversos elementos (fotografias, postais, livros, gravuras rectificadas, entre outros), próximos de uma noção de identidade portuguesa e sua imagética popular. Abordando também a colonização e os fluxos migratórios, trabalha o conceito de documento - ligado a um universo pessoal e familiar – procurando traduzir uma experiência colectiva, veiculada por uma matriz sociológica comum.

non

"Terrível palavra é um non. non não tem direito nem avesso: por qualquer lado que o tomeis, sempre soa e diz o mesmo. Lede-o do princípio para o fim ou do fim para o princípio, sempre non, quem fez "não" tão breve, não quis que se dilatasse,O non mata a esperança, que é o último remédio que deixou a natureza a todos os males."

Padre António Vieira.Sermões.1670.

As referidas palavras apresentam em “Non ou a vã glória de mandar” a visão de Manoel de Oliveira sobre Portugal.´

ESTÃO PATENTES AS EXPOSIÇÕES

non_Extremo do Mundo, Museu do Neo-Realismo, Vila Franca de Xira (individual)

um século, dez lápis, cem desenhos, São João da Madeira (colectiva)

PRÓXIMAS EXPOSIÇÕES

África.Cont, Lisboa

Uma Certa Falta de Coerência, Porto

Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa

Fundação, Porto

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A terceira edição das Residências ZDB reúne um grupo heterogéneo de artistas, composto por André Trindade, Diogo Evangelista, Filipe Felizardo, Gonçalo Pena, Lúcia Prancha, Manuel Santos Maia, Miguel-Manso, Mónica Baptista, Nikolai Nekh e Susana Chiocca, que entre Novembro de 2009 a Fevereiro de 2010 ocupa as salas de exposição da Galeria Zé dos Bois.

Nos próximos dias 5, 6 e 7 de Março, a Galeria Zé dos Bois abre as suas portas ao público, mostrando os espaços de atelier dos residentes e respectivos projectos.

As Residências, presididas pela experimentação, pela partilha e pela relação crítica num propósito de produção artística são uma actividade basilar no contexto da acção da ZDB. Porque as necessidades de renovar informação, reciclar técnicas e partilhar experiência são constantes no universo da criação, este programa parte da vontade dos elementos da equipa da ZDB e mais concretamente do curador Natxo Checa, de intensificar com os criadores convidados o intercâmbio de conhecimentos, práticas artísticas e de produção.

Nas suas relações profissionais com os artistas, a ZDB equaciona diversos níveis de entendimento: os avanços intelectuais, as relações humanas e as possibilidades de criação artística. Este conceito, aplicado às Residências traduz-se por um acompanhamento quotidiano próximo e um posicionamento crítico em relação a cada um dos projectos, com vista não apenas ao seu enriquecimento mas, igualmente, às suas possibilidades de produção.

Privilegiando a experimentação, bem como o diálogo entre pares, as Residências ZDB, proporcionam aos seus intervenientes um espaço permanente de atelier, condições de produção e um conjunto de actividades paralelas aos processos de criação individuais.

Nesta edição foram organizadas sessões informais nas quais cada artista foi convocado a dar a conhecer o seu trabalho, oferecendo-o ao escrutínio, discussão e reflexão do colectivo.

Paralelamente, houve a possibilidade de um contacto próximo com os criadores António Pocinho, Margarida Correia e Rigo23, convidados a apresentar os seus trabalhos, métodos e universos artísticos específicos.

Decorreu ainda, à semelhança da última Residência, um workshop orientado por Laurent Simões, dedicado ao formato Super8, que focou os aspectos teóricos do médium e a manipulação do equipamento técnico, culminando com a produção de um filme individual.

Resultam destes três meses de trabalho um conjunto de propostas diversificadas no âmbito da escrita, fotografia, pintura, desenho, escultura, instalação, e ainda do cinema experimental.

Nos próximos dias 5, 6 e 7 de Março, a Galeria Zé dos Bois mostra os espaços de atelier dos residentes e seus respectivos projectos.

Após uma festa de abertura às 22 horas de sexta-feira, as Residências ficam disponíveis ao público no sábado e domingo das 14.00 às 20.00 horas.

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André Trindade

Durante esta Residência André Trindade realizou trabalho de documentação, vídeo, uma instalação e lançou a sua editora independente de fanzines ‘Dogma’. Explorando campos de tensão entre realidades urbanas deprimidas, culturas alternativas e questões relacionadas com o tempo, o espaço e a história. Conceitos como ‘site’, ‘non-site’ e ‘psichogeography’ são importantes na sua pesquisa e metodologia.

Diogo Evangelista

Diogo Evangelista produziu um grupo de pinturas no desenvolvimento de uma pesquisa prévia que tem como base a escolha de imagens, cujo potencial pictórico incita a uma reinscrição no domínio da pintura, que o artista prevê e concretiza.

Estes quase ready-made realçam uma série de questões conceptuais entre a imagem vulgarizada pela reprodução massiva e a singularidade conferida pela intervenção artística.

Filipe Felizardo

No seguimento de práticas artísticas prévias, Filipe Felizardo dedicou a sua Residência a elaborar um trabalho de grandes dimensões que tenta encerrar em si o interesse no desenho como gesto peregrinatório, ao mesmo tempo que procura enformar os seus interesses pela busca do ínfimo universal. Nesse sentido, prosseguiu ainda à composição musical, em voz e guitarra.

No desenrolar da residência tentou também aprofundar o estudo nas áreas da mitologia cosmogónica, da epistemologia, e da teoria da computação aplicada à cosmologia.

Gonçalo Pena

O trabalho de Gonçalo Pena prossegue as suas pesquisas em torno do fenómeno da pintura, desenvolvendo-se maioritariamente nesse suporte e também em formato Super8. O artista, que prepara uma exposição a acontecer na ZDB nos próximos meses, apresenta trabalhos inéditos, produzidos durante o período de Residência.

Lúcia Prancha

Durante a Residência, Lúcia Prancha desenvolveu a série que trata a reunião social de algumas comunidades, que se juntam em espaços de festa como forma de afirmar a sua cultura e identidade.

No sentido de trabalhar o conceito de ritual, da performatividade, do acontecimento e da situação, a artista explora o desenho/colagem, e a impressão em grande formato de stills de vídeo, em que se articula a tensão de elementos geométricos e formas orgânicas.

Manuel Santos Maia

Na ZDB, Manuel Santos Maia apresenta uma nova fase do seu projecto non.

non surge no seguimento do projecto Alheava (1999), e articula diversos elementos (fotografias, postais, livros, gravuras rectificadas, entre outros), próximos de uma noção de identidade portuguesa e sua imagética popular. Abordando também a colonização e os fluxos migratórios, trabalha o conceito de documento - ligado a um universo pessoal e familiar – procurando traduzir uma experiência colectiva, veiculada por uma matriz sociológica comum.

Miguel-Manso

Durante este período Miguel-Manso terminou o terceiro livro da série OS CARIMBOS DE GENT (poesia) que começou em 2008, e que terminará com o último de dez carimbos, não se sabe quando. No momento em que se escreve este parágrafo, o livro, que tem por título SANTO SUBITO, está em fase de paginação e revisão e quase a entrar na gráfica. Nas calendas de Março surgirá.

Mónica Baptista

Com um trabalho que parte de diversos dispositivos de exploração fílmica

(fotografia, super8, 16mm), Mónica Baptista, procurou, no âmbito da Residência na ZDB, explorar a relação entre passado e presente, ou de vários presentes traduzidos por memórias do passado. A utilização e manipulação da película compromete o suporte enquanto documento, transformando-o em metáfora de um processo intuitivo. Resulta um percurso visual, de registo, intrinsecamente ligado à inscrição, descrição, possessão de um imaginário colectivo deflectido na criação individual.

Nikolai Nekh

O trabalho realizado na ZDB parte de num conjunto de fotografias cedidas pelo pai do artista e capturadas entre o final da década de 1970 e 1980. Debruçando-se sobre os vestígios da ex-URSS, bem como a relação com uma imagem colectiva imposta pelo poder, o artista procurou desenvolver narrativas associadas às situações presentes nas imagens, em colaboração com as pessoas retratadas.

Susana Chiocca

O trabalho de Susana Chiocca, resultante desta Residência, partiu do espaço físico como suporte de experimentação. O desenho, explorado em várias escalas e diferentes registos gráficos e materiais, surge como acumulação de formas progressivamente mais definidas ou que acompanham o movimento do corpo, a precisão e vontade momentânea.

Terceira edição das Residências ZDB

Curadoria e acompanhamento: Natxo Checa. Assistência de acompanhamento e produção: Paulo Queiroz e Bruno Moreira. Apoio Técnico: Cristiano Nunes. Comunicação Daniela Ribeiro. Imagem gráfica Sílvia Prudêncio. Montagem: Yuri Cheban. Manutenção Emília Pereira. Artistas em Residência: André Trindade, Diogo Evangelista, Filipe Felizardo, Gonçalo Pena, Lúcia Prancha, Manuel Santos Maia, Miguel-Manso, Mónica Baptista, Nikolai Nekh e Susana Chiocca.

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Galeria zé dos bois r. barroca, 59 1200-049 lisboa portugal t.: + 351 213430205 - www.zedosbois.org

Manuel Santos Maia agradece

a todos os que estão por aqui,

Anabela Maia, André Trindade, Afonso Alexandre, António M.M. Maia, António Maia e família, Alzira Arouca, Bruno Moreira, Cristiano, Daniela Ribeiro, Diogo Evangelista, Diogo Maia Marques, Eduardo Matos, Eglantina Monteiro, Dona Emília, Felipe Felizardo, Fiodor, Francisco Palma Dias, Gonçalo Pena, Gonçalo Tavares Antunes, Iuri, Joana Botelho , José Neto, Júlia Hansen, Luís Almeida, Luís Barreto, Lúcia Prancha, Manuela Maia, Marçal dos Campos, Maria Albertina M. dos Santos, Marta Furtado, Mónica Baptista, Matias Maia, Miguel Manso, Natxo Checa, Nikolai Nekh, Paulo Queiroz, Samuel Guimarães, Sérgio Hydalgo, Susana Chiocca, Companhia das Culturas, ZDB,